Ponto onde convergem as minhas emoções, postas em verso, ou prosa, degrau onde coloco o que sinto e o que desejo e que poderei, talvez, partilhar com os meus amigos.

Monday, February 27, 2006

AUTO-RETRATO

Espáduas brancas palpitantes:
asas no exílio dum corpo.
Os braços calhas cintilantes para o comboio da alma.
E os olhos emigrantes no navio
da pálpebra encalhado em renúncia ou cobardia.
Por vezes fêmea.
Por vezes monja.
Conforme a noite. Conforme o dia.
Molusco.
Esponja embebida num filtro de magia.
Aranha de ouro presa na teia dos seus ardis.
E aos pés um coração de louça
quebrado em jogos infantis.

Natália Correia

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