CARTA ABERTA
Um homem progride,blindado e hirsuto como um porco-espinho. É o poeta no seu reduto abrindo caminho. Abrindo caminho com passos serenos e clava na mão, que as noites são grandes e os dias pequenos nesta criação. Esmagando as boninas,os cravos e os lirios, cortando as carótidas às aves canoras. Chegaram as horas de acender os círios, de velar as ninfas no estreito caixão, de enterrar as frases e as vozes incautas, de oferecer a lua para os astronautas e as rosas fragrantes à destilação. (António Gedeão) |
0 Comments:
Post a Comment
<< Home