Ponto onde convergem as minhas emoções, postas em verso, ou prosa, degrau onde coloco o que sinto e o que desejo e que poderei, talvez, partilhar com os meus amigos.

Friday, November 30, 2007

SILÊNCIO E TANTA GENTE




ÀS VEZES É NO MEIO DO SILÊNCIO

QUE DESCUBRO O AMOR EM TEU OLHAR

É UMA PEDRA OU É UM GRITO

QUE NASCE EM QUALQUER LUGAR


ÀS VEZES É NO MEIO DE TANTA GENTE

QUE DESCUBRO AFINAL AQUILO QUE SOU

SOU UM GRITO OU SOU UMA PEDRA

DE UM LUGAR ONDE NÃO ESTOU



ÀS VEZES SOU O TEMPO

QUE TARDA EM PASSAR

E AQUILO EM QUE NINGUÉM

QUER ACREDITAR

ÀS VEZES SOU TAMBÉM

UM SIM ALEGRE OU UM TRISTE NÃO

E TROCO A MINHA VIDA

POR UM DIA DE ILUSÃO

E TROCO A MINHA VIDA

POR UM DIA DE ILUSÃO


ÀS VEZES É NO MEIO DO SILÊNCIO

QUE DESCUBRO AS PALAVRAS POR DIZER

É UMA PEDRA

OU É UM GRITO


DE UM AMOR POR ACONTECER


ÀS VEZES É NO MEIO DE TANTA GENTE

QUE DESCUBRO AFINAL P’RA ONDE VOU

E ESTA PEDRA

E ESTE GRITO

SÃO A HISTÓRIA DAQUILO QUE EU SOU


ÀS VEZES SOU O TEMPO

QUE TARDA EM PASSAR

E AQUILO EM QUE NINGUÉM

QUER ACREDITAR


ÀS VEZES SOU TAMBÉM

UM SIM ALEGRE OU UM TRISTE NÃO

E TROCO A MINHA VIDA

POR UM DIA DE ILUSÃO

E TROCO A MINHA VIDA

POR UM DIA DE ILUSÃO


ÀS VEZES SOU O TEMPO

QUE TARDA EM PASSAR

E AQUILO EM QUE NINGUÉM

QUER ACREDITAR

ÀS VEZES SOU TAMBÉM

UM SIM ALEGRE OU UM TRISTE NÃO

E TROCO A MINHA VIDA

POR UM DIA DE ILUSÃO

E TROCO A MINHA VIDA

POR UM DIA DE ILUSÃO


(Maria Guinot)

Saturday, November 17, 2007

BOM FIM DE SEMANA...



"A pessoa que ama os outros, será amada."

(Prov.Chinês - Foto de Binda)

Sunday, November 11, 2007

MEU CORAÇÃO TARDOU




Meu coração tardou.

Meu coração

Talvez se houvesse amor nunca tardasse;

Mas, visto que, se o houve,

houve em vão


Tanto faz que o amor houvesse ou não.

Tardou.

Antes de inútil, acabasse.


Meu coração postiço e contrafeito

Finge-se meu.

Se o amor houvesse tido,

Talvez, um rasgo natural de eleito,


Seu próprio ser do nada houvesse feito,

E a sua própria essência conseguído.

Mas não.

Nunca nem eu nem o coração,

fomos mais que um vestígio de passagem


Entre um anseio vão e um sonho vão.

Parceiros em prestidigitação,

calmos ambos pelo alçapão

Foi esta nossa vida e nossa viagem


Fernando Pessoa

Saturday, November 10, 2007

BOM FIM DE SEMANA...


Friday, November 09, 2007


Gosto quando te calas porque estás como ausente

e me escutas de longe; minha voz não te toca.

É como se tivessem esses teus olhos voado,

como se houvesse um beijo lacrado a tua boca.



Como as coisas estão repletas de minha alma,

repleta de minha alma, das coisas te irradias.

Borboleta de sonho, és igual à minha alma,

e te assemelhas à palavra melancolia.



Gosto quando te calas e estás como distante.

Como se te queixasses, borboleta em arrulho.

E me escutas de longe. Minha voz não te alcança.

Deixa-me que me cale com teu silêncio puro.



Deixa-me que te fale também com teu silêncio

claro qual uma lâmpada, simples como um anel.

Tu és igual a noite, calada e constelada.

Teu silêncio é de estrela, tão remoto e singelo.



Gosto quando te calas porque estás como ausente.

Distante e triste como se tivesses morrido.

Uma palavra então e um só sorriso bastam.

E estou alegre, alegre por não ter sido isso.


Pablo Neruda in 20 Poemas de Amor e uma canção desesperada

 
<BGSOUND SRC="music.mid" LOOP="INFINITE">