Ponto onde convergem as minhas emoções, postas em verso, ou prosa, degrau onde coloco o que sinto e o que desejo e que poderei, talvez, partilhar com os meus amigos.

Tuesday, August 29, 2006

BENVENUTA






Deu-te à luz o mar,
não sei se o alto, se o profundo
(o mesmo não são)
mas sei que és um e o outro, no oceano de ti…

Brincaste em infante menina,
De olhos de amêndoa em flor,
pelos mil e um recantos de Lagos encantados
onde as sereias e nereides mais belas
te lançaram propícias
um olhar antiquíssimo e fatal:
como timbre e tormento de teu caminhar

Veio teu espírito da fantasia dos longes,
horizonte que avistaras antanho
no jardim sereno de tua alma em fruto
cavalgando nas vastidões verdejantes
do prado de teu corpo sempre em flor

Vens do longínquo futuro que hás e donde hás ser;
viandante esvoaçando pelos dias
que dir-se-ia quase te são leves,
sob a ventana brava de antigas tempestades maiores

És mar, és Maria, és maresia,
Mas és sobretudo a brisa mais bem vinda
Ao jardim matinal de cada peito
Em que se te entrecruzas o infindo Amar.

Bem vinda és onde bem queiras.
Vindo o bem de ti por ele vais
a quem te roça a alma, agraciado,
E te conhece o voar eterno e menino.


Donis de Frol Guilhade
(Na margem da maior viagem)

TELA NUA

Diante da tela nua
A Binda passeia os olhos
Nas fibras brancas do algodão.

Que magia tem sua mão,
Ao empunhar um pincel
Manchado de tinta
Que transforma o gélido branco
Em lindas paisagens...
Ou noite estreladas...
Talvez encantadores jardins...?

Um quadro sereno
Que se vai desenhando
Toque a toque...
Cor a cor...Forma a forma...

Primeiro um esboço
Talvez, um estudo no papel...
Que cor usar?
Um tom pastel?

A intensidade do vermelho?
A plenitude do azul?
Uma pincelada lá.
Uma cá...Acolá...

Nasce um borrão
Uma mancha maior
A mão passeia
Atada em liames ao pincel

É uma conjunção tão perfeita
Tal qual lápis e papel
O quadro emerge da tela
Antes imaculada como corpo da Virgem.

Os pigmentos dançam
A sinfonia das cores
Harmonizam-se em compassos visuais.
Manifesta-se a sua alma
Que navegou por seus dedos
E se depositou no quadro
Que acaba de pintar.

(Anabela)

Monday, August 28, 2006

GRITO

Grito de esperança,que ao longe soa!
Grito de tristeza,que nos faz chorar,
que nos faz sentir, que todo o viver,
é feito de sofrer,mas também de amor!

Amor com calor,com beijos e abraços,
com caricias, com laços de ternura,
gritos e gemidos, é toda a minha alma,
revolta e achada, no grito da vida!


(Binda)

Friday, August 25, 2006

RECORDAÇÕES


RECORDAÇÃO DOS SENTIDOS
DOS LÂNGUIDOS GEMIDOS DO AMOR!
TEU SER ENVOLVIA O MEU...
COM O CALOR DOS NOSSOS DESVARIOS...
DO SUBITO DELIRIO DA DANÇA DOS NOSSOS CORPOS!
A LEMBRANÇA, FAZ ACORDAR DE NOVO,
OS ENLEIOS, O PERMUTAR DE NOSSOS DEVANEIOS,
O RECORDAR, TEM O SABOR DA PAIXÃO!

(Binda)

Sunday, August 20, 2006

TUA DOÇURA

QUANDO LEMBRO, O CHEIRO DOS ROSEIRAIS EM FLOR,
QUE SE ESPANDIA PELA MADRUGADA;
TENHO SAUDADES DA TUA PRESENÇA DOCE,
DO PERFUME DA TUA PELE ARREPIADA!
O TOQUE DO TEU, NO CORPO MEU,
É ESSÊNCIA SEMPRE RESGATADA!
ADORO TER-TE ASSIM, JUNTINHO A MIM,
NOSSAS ALMAS, JUNTAS E ENLAÇADAS,
SÃO FLORES DE AMOR CRUZADAS NO MOMENTO,
DA ETERNA DOÇURA SELADA EM NOSSAS BOCAS!


(Binda)

Saturday, August 19, 2006

MAR

El mar es el Lucifer del azul.
El cielo caídopor querer ser la luz.
¡Pobre mar condenado a eterno movimiento,

habiendo antes estado quieto en el firmamento!

Pero de tu amargura
te redimió el amor.
Pariste a Venus pura,
y quedose tu hondura
virgen y sin dolor.

Tus tristezas son bellas,

mar de espasmos gloriosos.
Mas hoy en vez de estrellas
tienes pulpos verdosos.

Aguanta tu sufrir,

formidable Satán.
Cristo anduvo por ti,
mas también lo hizo Pan.

La estrella Venus es
la armonía del mundo.
¡Calle el Eclesiastés!
Venus es lo profundo
del alma...

...Y el hombre miserable
es un ángel caído.
La tierra es el probable
Paraíso Perdido

(Frederico Garcia Lorca)

"Assim como as pedras preciosas são tiradas da terra, a virtude surge dos bons atos e a sabedoria nasce da mente pura e tranqüila. Para se andar com segurança, nos labirintos da vida humana, é necessário que se tenham como guias a luz da sabedoria e virtude." (Sakyamuni)

COMPREENDER E RESPEITAR OS OUTROS

Um sujeito estava a colocar flores no túmulo de um parente, quando vê um chinês a colocar um prato de arroz na Lápide ao lado. Ele vira-se para o chinês e pergunta: - Desculpe, mas o senhor acha mesmo que o seu defunto virá comer o arroz? E o chinês responde: - Sim, e geralmente à mesma hora que o seu vem cheirar as flores!!! "RESPEITAR AS OPÇÕES DO OUTRO, EM QUALQUER ASPECTO, É UMA DAS MAIORES VIRTUDES QUE UM SER HUMANO PODE TER. AS PESSOAS SÃO DIFERENTES, AGEM DIFERENTE E PENSAM DIFERENTE". "NUNCA JULGUE. APENAS COMPREENDA!"

Friday, August 18, 2006

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:: NMedia ::

Thursday, August 17, 2006

Abraça o teu amigo.
O toque entre amigos
é sagrado,porque faz a
ligação entre o corpo e a alma.

Wednesday, August 16, 2006

A DESPEDIDA FAZ-SE DE PÉROLAS


Como se nunca partisses pela estrada
ou pelos outeiros da noite - assim te vejo,
dias a fio, sem que te reconheça.
Só assim, desta forma, consigo com que o
corpo responda a um grito dado antecipadamente,
muito por dentro, ináudivel.
Quando te largavas por aí, por
onde eu não via, não pensava sequer que
te pudessem pedir as mãos, que te dissessem que
hoje os pássaros saem de outro lugar que não
este.
O nosso sitio é este - aqui, onde as árvores
lavam as mãos do passado, onde nos perdemos,
tu e eu
quando se tornam suaves as crostas dos dias
a irromper pelas mãos.
No nosso colo a brisa leve da tristeza de
quem não viaja ou de quem não parte. No cais,
ribombam cascos de ferro das cidades, e perduram
nas enseadas os vestígios dos corpos
os riscos de quem se perdeu.
Consigo que não esqueçam, aqui, por onde nós
viemos. Vou fazer com que oiçam o som que as
pálpebras fazem ao fechar, como se de um pequeno
murmurar se tratasse.
Uma cantiga.
Uma melodia.
As músicas ecoam pelas paredes, os quadros estão
tingidos de uma cor pérfida de abandono.
A casa é o que nunca foi - uma simples cárcere
de âmagos.
E as janelas fecham-se, as portas fecham-se,
os soalhos erguem-se e estalam. Chove. Por onde
os nossos pés caminham, ficam marcas de giz como
desenhos da nossa morte
- são inspirações de ar que restaram.
Ao perdê-las, fiz com que o mundo desse meia-volta,
fiz com que se lavasse e limpasse a humidade do pensamento,
sendo os olhos o oríficio por onde podíamos olhar
quando tudo era simples, quando os filmes
eram menos coloridos.
São como grupos de histórias, as nossas mãos.
.
Tendem a ficar firmes quando lhes tocamos, ou
simplesmente estendem-se pelo corpo e pelo sexo,
esperando que nos deitemos e adormeçamos
como se hoje existisse cansaço - vontade de esquecer.
Nunca mais se vêem pardais pelos pêlos estendidos
na estrada - os barcos partiram, as nossas mãos
adornaram a despedida.
O nosso gosto nunca foi este - o do a-deus. A religiosidade
nunca foi o nosso forte, como que se nos custasse a
engolir o peso que os outros deixam quando os vemos
de costas longe olhando
para a frente
e nos despedimos deles.
Sérgio Xarepe

Tuesday, August 15, 2006

HEI-DE SER FELIZ!




Hei-de amar intensamente,
todo o amor que me surgir.
Hei-de ter sempre presente,
amar, dar, repartir...
Hei-de ter sempre comigo,
essa Luz que me transcende,
hei-de dar muito carinho,
ter sempre este meu geitinho,
de ninar a quem eu quero!
Hei-de conseguir levar,
minha vida sempre alegre,
dar asas para voar,
a este meu pensamento!


(Binda)

Monday, August 14, 2006

BASTAVA-NOS AMAR.E NÃO BASTAVA


Bastava-nos amar. E não bastava
o mar. E o corpo? O corpo que se enleia?
O vento como um barco: a navegar.
Pelo mar. Por um rio ou uma veia.

Bastava-nos ficar. E não bastava
o mar a querer doer em cada ideia.
Já não bastava olhar. Urgente: amar.
E ficar. E fazermos uma teia.

Respirar. Respirar. Até que o mar
pudesse ser amor em maré cheia.
E bastava. Bastava respirar

a tua pele molhada de sereia.
Bastava, sim, encher o peito de ar.
Fazer amor contigo sobre a areia.


(Joaquim Pessoa)

Thursday, August 10, 2006

OLÁ, TOU DE VOLTA!!!

SOMENTE DE PASSAGEM...

Conta-se que no século passado, um turista americano foi à cidade do Cairo, no Egito, com o objectivo de visitar um famoso sábio. O turista ficou surpreso ao ver que o sábio morava num quartinho muito simples e cheio de livros. As únicas peças de mobília eram uma cama, uma mesa e um banco. - Onde estão seus móveis? - perguntou o turista. E o sábio, bem depressa, perguntou também:- E onde estão os seus...?- Os meus? Surpreendeu-se o turista. - Mas eu estou aqui só de passagem!- Eu também... Concluiu o sábio."A vida na Terra é somente uma passagem... No entanto, alguns vivem como se fossem ficar aqui eternamente, ficam pensando só em ter coisas... e esquecem de ser feliz."

 
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