Ponto onde convergem as minhas emoções, postas em verso, ou prosa, degrau onde coloco o que sinto e o que desejo e que poderei, talvez, partilhar com os meus amigos.

Tuesday, May 27, 2008

SERENAMENTE...TU!


Encadeado no tempo,
O teu rosto tornou-se um ícone...
Percorro cada traço, cada saliência,
E vejo a imensidão do deserto...

Lembras o mar desértico,
Onde as gaivotas são as dunas,
Que volteando em cada dia,
Seguem para outro lugar...

Mas a tua alma, essa...
Vive e paira junto à minha...
As duas, seguem a rota,
Onde o corpo e espirito, se tocam...
Para lá do Mundo!

Binda

Wednesday, May 21, 2008





MADRUGADA


Na madrugada do mar do meu sentir,
Como barca á deriva nesse mar...naufrago,
E vendo a sorte do tempo a partir,
Embato na rocha do teu coração forte...

Mar de ternura e também de açoite,
Onde navego sem rumo, sem vontade,
E o balanço do teu corpo é o mote,
Em que me arrimo para sonhar, amado...

Ah, como gosto do balanço das ondas,
Do teu falar, que é o meu encanto,
A navegar pelas águas da vontade,
Porto seguro serás tu, meu doce amante!

(Binda)

Friday, May 16, 2008



MAYA(Ilusão)

A ilusão no coração, não existe...é real...
mas, mesmo pensando que é somente ilusão,
que bom que é materializar essa ilusão...
quanta ternura o coração consegue juntar...
e nos dar o calor,
da ilusão do AMOR!

A ilusão no coração, não existe...é real...
todo o mal desaparece...
tudo é luz, tudo é cor...
só isto é...a ilusão do AMOR!

e...para ser feliz, só preciso,
que o meu coração sinta a ilusão,
do meu e teu querer!
(Binda)

Wednesday, May 07, 2008


É ele! O sonhador!

Vagueia o poeta pelos campos:

admira,Adora;

ouve dentro de si mesmo uma lira.

E ao vê-lo chegar, as flores, todas as flores,

As que dos rubis empalidecem as cores,

As que dos pavões deixam as caudas ofuscadas,

As florezinhas azuis, as florezinhas douradas

Tomam para o acolher, nos seus ramos agitados,

Arzinhos humildes, ou grandes ares afectados,

E, familiarmente, porque fica bem às belas:

«Olha! É o nosso amado que passa!», dizem elas.

E, cheias de luz e de sombra, com vozes inquietas,

As árvores gigantescas que vivem nas florestas,

Todas essas velhinhas, as tílias, os áceres, os teixos,

Os carvalhos venerandos, os enrugados freixos.

O olmo de negra ramagem, que o musgo entorpece,

Como os ulemas fazem quando o mufti aparece,

Saúdam-no com grandes vénias, curvando para a terra

As cabeças de folhagem e as suas barbas de hera,

E vendo na sua fronte um sereno esplendor,

Murmuram muito baixinho: É ele! O sonhador!


Victor Hugo

Tuesday, May 06, 2008


DESEJO

Sinto-te no meu corpo,
A minha pele fica com o teu cheiro...
Uma febre chega de rompante,
E nos deixa prostados...
Suados...famintos...
de novas caricias,
De beijos, abraços,
Pernas que se enlaçam,
Corpos suados...
E o arquejar de desejos...
Num beijo!!!

(Binda)

 
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